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Empregabilidade: Como o ensino superior auxilia (ou não) nesse aspecto?

Há três meses, especificamente em abril de 2020, o Instituto SEMESP entregou um levantamento intitulado "Empregabilidade e Ensino Superior em Tempos de Pandemia", e na época, o fechamento trimestral de desempregados (chamados também de desocupados, de acordo com o IBGE) era de 12,9 milhões de pessoas ou uma taxa de 11,9%.


As projeções sobre o crescimento do desemprego ficaram entre 13,7% (otimista) e 19,3% (pessimista) - mas não se assuste. Devemos lembrar que desempregadas são as pessoas que não estão trabalhando, porém tomaram alguma providência efetiva para encontrar trabalho e estão disponíveis para assumi-lo, caso encontrem.

Deste modo, o número de desempregado deve saltar ao iniciarem-se alguns processos como: fim de contratos de trabalho e a volta das pessoas na circulação pós-pandemia.

Será que o número de desempregados saltará por igual em todos os níveis de escolaridade?

A resposta seria: Ninguém pode prever o futuro com 100% de acerto. Mas há indícios sobre a menor taxa de desocupação para as pessoas que possuem ensino superior. Podemos ver essa variação ao longo dos últimos sete anos, na série do Gráfico 1.


Gráfico 1. Taxa de Desocupação Geral por Nível de Instrução - Brasil - Fonte SEMESP, 2020.


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Perceba que mesmo em períodos como a Crise de 2014, tivemos uma taxa bem menor em relação à quem tinha ensino fundamental e médio apenas, ficando sempre abaixo dos 8%. Contudo, vou mostrar um outro dado interessante, a de taxa de desocupação por idade:


Gráfico 2. Taxa de Desocupação (%) Faixa Etária no último trimestre de 2019 - Brasil - Fonte SEMESP, 2020.


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Notou como, independente do nível de escolaridade, nas pessoas com maior idade ocorre a redução na taxa de desocupação? Neste sentido, podemos ter algumas considerações:

  • Uma faculdade pode demorar até 5 anos para completude, ou seja, um jovem com entrada aos 18 anos somente sairia aos 23 anos - isso sem considerar as paradas no estudo ou reprovações;

  • Uma pesquisa de 2011 da Infomoney mostrou tendência na redução da idade de gerentes, coordenadores e até presidentes de empresas, mas a idade média naquela época era no mínimo 30 anos; Justamente temos a valorização da experiência!

Os cargos de gerentes, coordenadores e presidentes sofrem menos com mudanças pontuais ou de curto prazo, como as ocorridas no início da pandemia. Obviamente, a quase totalidade dessas vagas exigem formação no nível superior.

Para complementar a análise, vamos ver o mesmo gráfico de idades, mas somente com o intervalo de 24 a 30 anos:


Gráfico 3. Taxa de Desocupação das pessoas de 24 a 30 anos por Nível de Instrução - Brasil - Fonte SEMESP, 2020.


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Opa! O formato da curva apresentada nos jovens parece muito mais parecida entre os diferentes tipos de escolaridade, com taxas beirando os 12% no ano passado para as pessoas com nível superior. Isso é um indicativo interessante de que não basta ter SOMENTE o ensino superior. O ensino superior é um fator de manutenção da ocupação, mas aliada à experiência - que muitas vezes está associada à idade - e outras formações, como o MBA (muitos dos 100 melhores CEOs segunda a Harvard Business Review possuem MBA em seu histórico de educação formal).

Com isso, se você está em busca de oportunidades ficam algumas dicas:

  • Procure não somente se educar formalmente, mas também se testar em estágios, empresas regionais e em situações que sejam próximas às vivenciadas no futuro de sua profissão. Há algumas empresas que contratam e pagam bem sem ensino superior como Google, mas isso é a exceção, não a regra!

  • Somente uma graduação não garantirá sua empregabilidade, mas dará um fator competitivo. Outros cursos como inglês e pós-graduação são muito bem vistos em momentos de contratação, falo como coordenador e que recebe diversos currículos semestralmente.

Foque nas opções como um todo como cursos livres e até educação não formal, preparando-se para entrevistas futuras - etapa na qual ainda ocorrem "sustos" e "nervosismo" para muitas pessoas.

Lembre-se: o aspecto empregabilidade é impactada por múltiplos fatores, sendo o ensino superior e a experiência relevantes! Não sendo uma "fórmula mágica".

Sobre o texto:

Esse texto é sobre um "sonho" vendido como certo para algumas pessoas, trago estudos e dados para análise, sem "achismos". Tudo em prol de uma educação que realmente seja importante para sua vida e sua jornada! Sucesso e bom trabalho.

Fontes:

Harvard Business Review, 2019 - https://hbr.org/2019/11/the-ceo-100-2019-edition

 
 
 

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