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A internet da "coisas"​ na educação

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD de 2018 mostrou um aumento no acesso à internet nos últimos anos. De acordo com a amostra, entre 2017 e 2018, o percentual de domicílios que utilizavam a rede mundial de computadores cresceu 4,2% - batendo cerca de 79%.

Mas como é feito esse acesso?

De acordo com a mesma pesquisa, o acesso é feito majoritariamente por meio dos celulares/smartphones, seguido de computadores - notebook e desktops. Entretanto, a diferença é visível com 99,2% de acessos pelos dispositivos móveis e somente 48,1% em computadores. A característica de uso da internet fez com que o número de usuários realizando alguma chamada de voz por meio da rede chegasse à 88,1% - possivelmente muito graças aos aplicativos de mensagem como WhatsApp.

Qual o perfil de quem acessa?

O uso da internet se dá com maior intensidade na região Sudeste do país e em faixas etárias mais jovens, como no gráfico disponível no estudo:


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Deste modo, os mais jovens estão propícios a conhecerem e interagirem mais no "mundo virtual". Isso delineia como podemos utilizar os recurso tecnológicos de modo a aproximar a linguagem do adolescente e jovem atual à educação efetiva - assunto que renderia uma tese de doutorado. Ao mesmo tempo, sobre a necessidade de acesso e aprendizagem a partir dos 45 anos.

Também verificou-se a maior renda per capita daqueles que possuíam acesso à internet. Aqui deixo um adendo, pois sendo o maior acesso na região Sudeste, há diversas variáveis ajudando no processo de concentração e geração de renda.

Por fim um dado importantíssimo: o acesso urbano é quase duas vezes maior que o rural! Isso em um país com setor agropecuário intenso talvez seja indicativo de necessidades de expansão das redes disponíveis e acesso efetivo das pessoas em regiões remotas.

mas e a qualidade da internet?

Até o momento fiz apenas uma analise quantitativa, mas se realmente formos falar da educação - e outras áreas dependentes das tecnologias da informação e comunicação - é preciso olhar para o qualitativo.

Nesse aspecto, o Brasil também tem melhorado. O site Minha Conexão, por meio de coleta de dados de testes realizados nos últimos anos, indicou como a velocidade da internet dobrou nos últimos anos.

Além do aumento na oferta de banda larga por meio de fibra ótica - o que permite velocidades de download e upload extremamente altas em relação aos cabos de cobre, podendo chegar à 500 Mbps.

O mapa de calor do acesso, contudo, ainda indica uma diferença sensível entre as regiões do país.

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Como pontos positivos, o acesso tem crescido vertiginosamente, tanto em quantidade quanto em qualidade. Porém, quando falamos de educação é preciso uma reflexão:

  • Tenho acesso de qualidade aos materiais didáticos como ebooks, vídeos e links diversos? Materiais pesados ou que possuem muita interação podem dificultar o acesso - o famoso download - ou ocasionar falhas nos equipamentos - os famosos "travou tudo".

  • O equipamento é suficiente para o processamento e andamento do trabalho? O acesso pelo smartphone ou celular é razoável quando falamos de vídeos ou mesmo leitura básica, mas é preciso repensar materiais acessíveis e ajustados para o tipo de tela e especificações.

  • Com a digitalização, o uso de simuladores ou softwares específicos é possível por parte dos estudantes ou docentes? Simplesmente ter acesso a internet ou um equipamento como notebook não é indicativo de sucesso no uso de softwares, especialmente de engenharia ou modelagem.

  • Foi realizado treinamento ou apropriação das ferramentas tecnológicas de maneira ampla entre os afetados? Além de ter o equipamento ou acesso, saber usar é outra questão fundamental. Um exemplo de insucesso nesse tema é o Projeto Um Computador por Aluno (UCA), demonstrando a importância de programas de treinamento tecnológico.

Conclui-se que características tecnológicas não devem ser deixadas de lado pelo setor educacional sob risco de alimentarmos uma desigualdade latente entre aqueles que podem acessar a internet de qualidade e os que não podem!

Fique de olho, se você for docente ou gestor educacional: treine e invista no levantamento dos recursos existentes. Assim, conseguimos efetivamente implementar programas educacionais com qualidade e foco no ensino-aprendizagem.

 
 
 

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